
Em minha viagem por este país continental, ao passar por tantas cidades maravilhosas, cheias de belezas naturais e construídas, não raras são as vezes que me deparo com um cenário típico de dizer: “é uma imagem de Cartão Postal”. Consta que Bill Gates, o gênio da Microsoft, recebe diariamente cerca de 4 milhões de e-mails. Mas nenhum cartão Postal. E você, há quanto tempo não manda ou recebe um desses cartões?
Com o desenvolvimento tecnológico das redes de computadores, as comunicações de todos os tipos passaram a sofrer constantes reformulações. Da simples carta missiva, que era portada em mãos de um emissário a um destinatário situado num ponto qualquer do mundo, podendo levar até anos para ser entregue, até um simples telefonema, tudo está a ser recriado pelo uso de computadores e suas maravilhosas interações e possibilidade de troca de dados. Mas gostaria de chamar a atenção para um pequeno porém, nem tudo que temos hoje a ser operado pela velocidade “em tempo real” da Internet é uma idéia completamente nova.
Como já dizia o físico-químico, “no mundo nada se cria, tudo se transforma”, também o Cartão Postal se transformou. Veículo interpessoal que teve seu auge no Brasil entre 1920 e 1930, o Cartão Postal foi, a seu tempo, uma mistura de e-mail, blog, fotolog, telefone celular e televisão. Num pequeno pedaço retangular de cartolina, trocavam-se mensagens breves, acrescidas de uma imagem – cenários urbanos, eventos diversos, tipos populares ou personalidades. Feitas por fotógrafos profissionais. Colhidas com esmero e cuidado, as imagens eram enviadas pelos Correios, encurtavam distâncias, de país em país, de cidade em cidade, de casa em casa, levando impressões de viagens, notícias familiares, felicitações, declarações de amor e até imagens jornalísticas que mais tarde eram aproveitadas pela imprensa internacional. É preciso lembrar que no auge da época dos Cartões Postais, isto corresponde a falar em antes da Revolução de 1930, não havia TV e o sistema telefônico brasileiro era precaríssimo.
Refeitas as contas, o tempo decorrido, hoje o que corre de casa em casa, de escritório a escritório, de computador a computador, são os e-mail e hipertextos trocados entre endereços eletrônicos. Sejam simples textos ou complexos multimídias, com imagens, movimentos, som, textos, não é de se estranhar se amanhã, ou depois, contenham, quiçá, odores e temperaturas. Você já pensou em receber em pleno inverno europeu um cartão virtual da praia Môle, em Florianópolis, e poder sentir o cheiro da maresia do mar, a brisa fresca que chega junto com as ondas para refrescar o calor escaldante dos 35 graus que o sol estufa nestes dias de verão? É, não duvide muito, ao passo que caminha o desenvolvimento tecnológico, isso não só é possível como já existe, apenas não está a ser largamente utilizado.
Bom... esta sensação ainda não posso reproduzi-la no todo neste meio e com os recursos tecnológicos que tenho no momento, mas posso mandar, junto a este texto, uma imagem, um Cartão Postal deste “pedacinho de terra, perdido no mar”: Florianópolis (Ilha da Magia).
Saudades de todas e todos que ficaram a trabalhar além-mar e no interior desse Brasilzão imenso, onde o mar não toca a terra. Também estou a trabalhar por aqui... quer dizer, tentando... entre um cartão postal, e outro.
Com o desenvolvimento tecnológico das redes de computadores, as comunicações de todos os tipos passaram a sofrer constantes reformulações. Da simples carta missiva, que era portada em mãos de um emissário a um destinatário situado num ponto qualquer do mundo, podendo levar até anos para ser entregue, até um simples telefonema, tudo está a ser recriado pelo uso de computadores e suas maravilhosas interações e possibilidade de troca de dados. Mas gostaria de chamar a atenção para um pequeno porém, nem tudo que temos hoje a ser operado pela velocidade “em tempo real” da Internet é uma idéia completamente nova.
Como já dizia o físico-químico, “no mundo nada se cria, tudo se transforma”, também o Cartão Postal se transformou. Veículo interpessoal que teve seu auge no Brasil entre 1920 e 1930, o Cartão Postal foi, a seu tempo, uma mistura de e-mail, blog, fotolog, telefone celular e televisão. Num pequeno pedaço retangular de cartolina, trocavam-se mensagens breves, acrescidas de uma imagem – cenários urbanos, eventos diversos, tipos populares ou personalidades. Feitas por fotógrafos profissionais. Colhidas com esmero e cuidado, as imagens eram enviadas pelos Correios, encurtavam distâncias, de país em país, de cidade em cidade, de casa em casa, levando impressões de viagens, notícias familiares, felicitações, declarações de amor e até imagens jornalísticas que mais tarde eram aproveitadas pela imprensa internacional. É preciso lembrar que no auge da época dos Cartões Postais, isto corresponde a falar em antes da Revolução de 1930, não havia TV e o sistema telefônico brasileiro era precaríssimo.
Refeitas as contas, o tempo decorrido, hoje o que corre de casa em casa, de escritório a escritório, de computador a computador, são os e-mail e hipertextos trocados entre endereços eletrônicos. Sejam simples textos ou complexos multimídias, com imagens, movimentos, som, textos, não é de se estranhar se amanhã, ou depois, contenham, quiçá, odores e temperaturas. Você já pensou em receber em pleno inverno europeu um cartão virtual da praia Môle, em Florianópolis, e poder sentir o cheiro da maresia do mar, a brisa fresca que chega junto com as ondas para refrescar o calor escaldante dos 35 graus que o sol estufa nestes dias de verão? É, não duvide muito, ao passo que caminha o desenvolvimento tecnológico, isso não só é possível como já existe, apenas não está a ser largamente utilizado.
Bom... esta sensação ainda não posso reproduzi-la no todo neste meio e com os recursos tecnológicos que tenho no momento, mas posso mandar, junto a este texto, uma imagem, um Cartão Postal deste “pedacinho de terra, perdido no mar”: Florianópolis (Ilha da Magia).
Saudades de todas e todos que ficaram a trabalhar além-mar e no interior desse Brasilzão imenso, onde o mar não toca a terra. Também estou a trabalhar por aqui... quer dizer, tentando... entre um cartão postal, e outro.
2 comentários:
Ah, mas ainda acho um encanto cartas e cartões postais mandados pelo correio!
Não abro mão da tecnologia! e adooro e-mail, blogs e etc.. mas não abro mão dos bons e antigos cartões!
Olá adalto
Obrigado pelo portal, pela imagem do mar!
Por aqui, a chuva e o frio continuam a fazer sentir…
Bom carnaval,
Eury
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