sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Pensando sobre a(s) "ajuda(s)" e os Cavalos de Tróia

"Cavalo de Tróia, o famoso presente de grego"

A distribuição gritantemente desigual da riqueza e da renda nos países industrializados tem paralelo nos modelos semelhantes de má distribuição entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento.

Os programas de ajuda econômica e tecnológica aos países em desenvolvimento são frequentemente usados por companhias multinacionais para explorar a mão-de-obra e os recursos naturais desses países, e para encher os bolsos de uma elite pequena e corrupta.
É o que diz a cínica frase: "A ajuda econômica consiste em tirar dinheiro das pessoas pobres dos países ricos e dá-lo às pessoas ricas dos países pobres".

Presente de grego????

O resultado dessas práticas é a perpetuação de um "equilíbrio de pobreza" nos países em desenvolvimento, onde a vida das pessoas não ultrapassa o nível de subsistência.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Ecologia de saberes: (Pai Arnápio - 1.000) versus (Pré-Sal - 0)


Num país de tantas contradições, com fartura de riquezas naturais e muita fome, que tem petróleo em abundância e pobreza igualmente imensa, que tem cultura culta e ignorância endêmica, temos também as ferramentas necessárias para viver com essas antíteses bipolares todas.

Se não temos políticos, médicos, seguridade social, segurança pública, honestidade e realizações, temos ao menos os artífices promotores de situações melhores.

Como diz o anúncio (imagem abaixo), se tu sofres? Pai Arnápio resolve, basta procurar com fé, o resto ele faz.

Ora, pois! Quem acredita nos políticos brasileiros, no sistema biomédico falido, na segurança pública ambivalente, no petróleo que não gera riqueza e nas Olimpíadas que serão um sucesso, pode bem acreditar no Pai Arnápio... por que, não?

Em época de ecologia de saberes e de falta de alternativas sólidas, onde tudo se desmancha no ar, não custa tentar.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Idéias cíclicas - idas e voltas!!! Haja disposição dos neurônios

Isa - instituto socio-ambiental, etnia Araweté, Pajé Moinayärä (peye) em transe e o chocalho aray em cerimônia do cauim doce. Foto: Eduardo Viveiros de Castro, 1982.

De vez em quando me deparo com umas ideias tão circulares...

Deve ser a tal lógica cíclica de ir e retornar ao mesmo ponto. Ou, seria a lógica da incompletude, de não conseguir chegar e preferir voltar oa ponto inicial?

Se algum filósofo de plantão, com tempo sobrando, e com vontade para decifrar enunciados herméticos puder me ajudar com essa formulação do CAPRA, agradeceria.

Depois, tem uma missão para os gramáticos da Língua Portuguesa se descabelarem com essa coisa da repetição de palavras no mesmo período. Sei que essas regras gramaticais servem apenas para incompletos, como eu - eternos doutorandos, pois os já completos, usam e abusam disso que a regra diz ser um vício de linguagem. E por esses erros, são considerados "Filósofos". Afê!

Cito o fragmento do meu espanto:

"A NATUREZA é o corpo inorgânico do HOMEM - isto é, a NATUREZA, na medida em que ela própria não é o corpo humano. 'O HOMEM vive na NATUREZA' significa que a NATUREZA é o seu corpo, com o qual ele deve permanecer em contínuo intercurso se não quiser morrer. Que a vida física e espiritual do HOMEM está vinculada à NATUREZA significa, simplesmente, que a NATUREZA está vinculada a si mesma, pois o HOMEM é parte da NATUREZA"

(CAPRA, Fritjof. In: O Ponto de Mutação. São Paulo: Cultrix, 2006, p. 199).