segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Feliz Natal!!!!!!!


Desejo a todos os amigos e amigas um ótimo natal, seja cá, ou além mar;

Que possamos festejar a harmonia em grupo, seja com Perú, ou com Bacalhau;

Que possamos brindar esta data especial de união e reconciliação, seja com caipirinha, ou com vinho;

Que possamos dançar a alegria de estarmos juntos, seja com samba, ou com rancho;

E que tudo isso possa ser feito com muito amor e carinho, na companhia dos amigos, familiares e pessoas do Bem.
Um abraço virtual bem forte, na impossibilidade de fazê-lo presencialmente,
FELIZ NATAL,


Adalto Guesser.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

A380 no Brasil

Pousou hoje no aeroporto de Cumbica, em São Paulo, o AirBus A380, o avião gigante que tem capacidade de transportar até 800 passageiros. Segundo informações da Airbus, Cumbica é o único aeroporto brasileiro com condições para receber o aparelho. Nem era necessário muito estudos, bastava passar pelas salas de embarque do aeroporto de Guarulhos para descartá-lo. Já fico surpreso que tenha um aeroporto em São Paulo que tenha as condições mínimas de segurança para conseguir pousar e decolar o A380.
Pousar e decolar a aeronave vai ser o de menos, quero ver fazer check-in e embarque sem atrasos. Se num voo de 100 passageiros a média de atraso é de 2 horas, imaginem nesse de 800.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Desacostumado do jeitinho brasileiro

Quase uma semana abaixo dos trópicos e muita dor de cabeça.
Não quero que o meu leitor imagine que estou descrente do meu país, nem que esteja a propagar esnobisbo por estar a morar na Europa, mas este lamento é um grito de angústia depois de dois anos sem voltar ao Brasil. Acho que perdi o costume do “jeitinho brasileiro”, das filas intermináveis nos correios, nos bancos, no trânsito, da falta de vontade dos funcionários públicos e da pouca educação com o cidadão, daquelas atitudes típicas de quando se está fazendo um favor, e não cumprindo uma obrigação, da enxurrada de notícias de criminalidade, violência e corrupção e das famosas e midiáticas CPIs que sempre “terminam em pizza” nas vésperas de alguma festa de final de ano, final de campeonato de futebol, ou antes do carnaval.
Não queria falar dessas coisas negativas, mas é quase impossível não declarar esse sentimento de quase revolta que me assombra. Alguns problemas idênticos tive antes de sair da Europa, como por exemplo, os cada vez mais comuns atrasos nos aeroportos. Infelizmente, posso assegurar que um pequeno detalhe faz toda a diferença. Enquanto em Lisboa todos os funcionários da companhia aérea pareciam estar visivelmente preocupados em dar satisfações, acomodar os passageiros com dignidade até a liberação do embarque, utilizar a frase mágica “peço desculpas em nome da companhia”, no Brasil fomos todos “despejados” numa situação completamente desrespeitosa. O aeroporto de Guarulhos enfrenta um caos absurdo. Ao tocar o solo começa-se a sentir a diferença. Os cartões de visita brasileiros são, como se diz em Portugal, “do pioriu”: funcionários extremamente estressados, sem paciência para repetir as mesmas informações que nunca informam nada, uma TV, mal sintonizada, que só passa notícias ruins, como a do rebaixamento do Corintians, uma esteira de retirada das bagagens que não é suficiente para um ônibus de 30 lugares, quanto mais para um avião com 300, a funcionária da alfândega que parece ter estado cinco noites sem dormir e emana mau humor pelos poros, a fila no redespacho de bagagens nos vôos domésticos e o inevitável atraso em “todos” os vôos que se acumulam, duas horas para o embarque, mais uma hora dentro da aeronave esperando a liberação de decolagem, isso para fazer um vôo de 45 min.
Não era esse Brasil que eu queria ter encontrado logo de cara... era aquele Brasil que dá exemplo de virtudes, de cidadania, de lutas sociais, de conquistas, um Brasil que a tantos anos venho estudando e tenho, de alguma forma, ajudado a promover através do meu trabalho. Mas não posso ser hipócrita e fechar aos olhos para a realidade concreta.
Nós, brasileiros, estamos nos acostumando com as sobras que nos dão! Estamos nos habituando com as coisas que não funcionam, com os roubos, com a violência, com os serviços mal prestados, com o mau humor do funcionalismo público e privado, com a falta de educação e de responsáveis pelos erros e pelas mazelas. Enquanto eu estava (estou) completamente indignado de ver uma sala de embarque que deveria atender no máximo 200 pessoas, conter em torno de 600 (a contar pela quantidade de vôos e número de passageiros médios), todas amontoadas e em pé, com idosos, doentes, cansados, crianças, todos apertados como se estivessem presos numa cela superlotada, com um banheiro imundo e mal cheiroso, com o sistema de som avariado e sem condições, com o ar-condicionado desligado, sem falar no tratamento "VIP" da companhia aérea. E o pior... a quase totalidade das 600 pessoas que ali estavam lamentavam-se mais do rebaixamento do Corintians do que das condições sub-humanas que estavam a lhes ser impostas. É por fatos como este que concluo que estamos nos acostumando com os maus tratos, com a falta de respeito, com as migalhas que nos dão e com a roubalheira que nos fazem. Não posso aceitar que 600 pessoas reunidas num mesmo local a sofrer os mesmos problemas se preocupem mais em se lamentar do rebaixamento de um time de futebol do que criticar e exigir respostas para aquela situação humilhante e vexatória.
Na TV mal sintonizada vem outra bomba, o projeto de prorrogação da CPMF (Comissão provisória (???) sobre movimentação financeira), que serve para a melhoria do serviço de saúde pública. Que melhorias? Onde estão as melhorias dos serviços e atendimentos? E todos seguem desconfortáveis, mas fazendo piadinhas intragáveis das mazelas ditadas de cima.
Estou mesmo desacostumado do “jeitinho brasileiro”.