
Ultimamente, devido ao meu trabalho de investigação, tenho andado muito entre jovens da classe média. Neste pequeno texto, quero me referir a um perfil de jovem, criado pelo imaginário social, identificando como tal os rapazes e moças de certa idade que varia entre os 18 e os 28 anos, com gostos e imaginários próprios e bem característicos de música, de vestimenta, de modos de agir, interagir, divertir-se e trabalhar.
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Estranhou-me, no Brasil, um país com tantas discrepâncias sociais, ver que uma chaga característica dos países ricos, também se encontra cada vez mais visível nessas terras. O uso de drogas entre jovens (e não tão jovens) não é nenhuma novidade por aqui, entretanto, assusta-me o uso de drogas não consideradas “drogas”. O Ecstasy, por exemplo, as famosas balinhas da doidera dos boyzinhos, já é bastante popular nas festinhas dos jovens da classe média. O maior perigo destas “balinhas” é justamente o fato de se disfarçar a sua natureza de lobo em pele de cordeiro.
Estranhou-me, no Brasil, um país com tantas discrepâncias sociais, ver que uma chaga característica dos países ricos, também se encontra cada vez mais visível nessas terras. O uso de drogas entre jovens (e não tão jovens) não é nenhuma novidade por aqui, entretanto, assusta-me o uso de drogas não consideradas “drogas”. O Ecstasy, por exemplo, as famosas balinhas da doidera dos boyzinhos, já é bastante popular nas festinhas dos jovens da classe média. O maior perigo destas “balinhas” é justamente o fato de se disfarçar a sua natureza de lobo em pele de cordeiro.
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Segundo uma matéria publica na FolhaTeen de 18/02/2008, uma pesquisa realizada entre jovens usuários de Ecstasy demonstrou que os usuários não percebem os vendedores ou repassadores da droga como traficantes, mas sim, como amigos. De fato, os novos traficantes são os colegas de faculdade, da academia, da praia, da balada. O próprio termo “balada” foi reconceitualizado por esses jovens. Antigo sinônimo de noitada, balada agora significa literalmente alguns momentos sob o efeito alucinante da droga.
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Quando comecei a freqüentar algumas casas noturnas na Europa, fiquei assustado com o preço das bebidas nos bares. Numa danceteria, um destilado de 12 anos custa o equivalente a uma garrafa de água mineral. Não é o destilado que está barato, é a água que está inflacionada. É uma medida para reduzir o consumo de drogas como o Ecstasy que, geralmente é consumida com grande quantidade de água, dispensando o consumo de outras bebidas para dar o “barato” da noite.
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Uma pena... certamente, uma pena ver que jovens da classe média, estudantes de bons colégios, moradores de zonas nobres, proprietários de carros e de um padrão de vida que lhes permite quase tudo, afogar suas angustias e necessidades numa ilusão efêmera que a droga lhes proporciona por algum momento. Onde estão os sentidos que poderiam substituir essas falsas soluções? Onde se perderam? Quem os perdeu?
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