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Somos um povo mestiço, todo ele permeado de alguma parte de negritude, seja pelo cruzamento directo das raças e pelo sangue negro a correr nas veias, seja pelo sangue branco, purinho e incólume, que só corre ainda tão “puro” graças ao sangue negro derramado para retirar da terra o sustento que lhe proporcionou a permanência da vida. Mas que fazemos nós? Continuamos a negar-lhes a existência, a presença, a importância… e o holocausto. Escondemo-nos atrás de um falso mito de uma controversa “democracia racial” que, de facto, nunca tivemos.
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Neste presente momento, as iniciativas de inclusão racial e social no Brasil no campo do ensino superior contam com uma história rica e complexa, embora inconclusa, que certamente pode juntar-se ao repertório de outras notáveis conquistas ao redor do mundo. Segundo levantamentos recentes, só nos poucos anos de implantação de cotas para ingressos de alunos afrodescendentes, as universidades brasileiras que aderiram a alguma forma de cotas, assinalaram um crescimento de negros matriculados no ensino superior maior do que o que foi obtido durante todo o decurso do século XIX e XX, juntos. É um tempo em que o movimento Negro no país contabiliza algumas vitórias importantes, sublimadas, de alguma forma como acções afirmativas na expressão de cotas. Entretanto, mesmo diante de todo esse repertório de lutas e de dados, um contra-movimento, rançoso, colonialista, perverso e egoísta, se levanta tentando novamente fazer soar os grilhões tentando pressionar o Supremo Tribunal Federal no sentido de abolir os sistemas de cotas e invalidar uma conquista popular tão penosamente urdida no processo de uma democratização efectiva no Brasil.
Neste presente momento, as iniciativas de inclusão racial e social no Brasil no campo do ensino superior contam com uma história rica e complexa, embora inconclusa, que certamente pode juntar-se ao repertório de outras notáveis conquistas ao redor do mundo. Segundo levantamentos recentes, só nos poucos anos de implantação de cotas para ingressos de alunos afrodescendentes, as universidades brasileiras que aderiram a alguma forma de cotas, assinalaram um crescimento de negros matriculados no ensino superior maior do que o que foi obtido durante todo o decurso do século XIX e XX, juntos. É um tempo em que o movimento Negro no país contabiliza algumas vitórias importantes, sublimadas, de alguma forma como acções afirmativas na expressão de cotas. Entretanto, mesmo diante de todo esse repertório de lutas e de dados, um contra-movimento, rançoso, colonialista, perverso e egoísta, se levanta tentando novamente fazer soar os grilhões tentando pressionar o Supremo Tribunal Federal no sentido de abolir os sistemas de cotas e invalidar uma conquista popular tão penosamente urdida no processo de uma democratização efectiva no Brasil.
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Neste sentido, junto-me particularmente e decididamente ao Movimento Negro num manifesto em defesa das cotas, e convido a todos os colegas de boa vontade e de boa consciência a fazê-lo, igualmente. Segue abaixo o link para o texto do manifesto e a forma como aderi-lo on-line.
Neste sentido, junto-me particularmente e decididamente ao Movimento Negro num manifesto em defesa das cotas, e convido a todos os colegas de boa vontade e de boa consciência a fazê-lo, igualmente. Segue abaixo o link para o texto do manifesto e a forma como aderi-lo on-line.
4 comentários:
Gostei do sítio...
Prometo voltar.
Um abraço!
Adorei o seu blog. Cheio de idéias interessantes. Realmente o problema das desigualdades estão além das políticas já praticadas. Vamos pressionar nossos políticos a criarem condições de inserções da minoria. Parabéns. Bjos. Giorgia
Interessante a reflexão.
Vou assinar o manifesto, um abraço,
Mannes.
Li e reli com o interesse sua refexão sobre a abolição oficial das escravaturas no Brasil. Quero felicitá-lo- pelo texto e adiantar-lhe, sou francamente favorável suas idéias. Quanto à dívida imensa e histórica para com a raça negra, não há que discordar.Quanto a forma de resgatá-la, Adalto, é assunto, necessário a ser discutido pela Sociedade Braleira. Vou assinar o manifesto. Um abraço grande.
Nilton Oliveira
Niltonoliveira@superig.com.br
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