domingo, 13 de março de 2011
Uma multidão em Lisboa num grito de protesto
terça-feira, 8 de março de 2011
O HOMEM está colocado onde termina a terra; a MULHER, onde começa o céu.
Estimadas MULHERES...
Hoje é um dia muito especial!
Podíamos traçar várias linhas desejando felicidades e tecendo agradecimentos para todas essas criaturas maravilhosas que nos acompanham diariamente. Entretanto, amanhã se inicia um novo dia e a história continua... e a história não é feita nem só de homens, nem só de mulheres, mas, da união indiscutível e necessária desses dois grupos de seres.
Felizmente, parece estarmos adentrando em uma era da consciência da complementaridade dos gêneros, embora, ainda há muita diferença para ser superada e muito preconceito para ser banido.
Gostaria de dar meus parabéns a todas as mulheres com uma reflexão de um dos mais eruditos pensadores do século XIX, Victor Hugo. Suas palavras ainda carregam uma forte contaminação pelo imaginário “falocêntrico” da época, mas, alenta um desiderato que aponta para um sentido de complementaridade.
Que seja esse o nosso compromisso nesta data alusiva à todas as MULHERES.
PARABÉNS A TODAS E A CADA UMA EM ESPECIAL!
O Homem e a Mulher
(Victor Hugo)
O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher, o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono; para a mulher fez um altar.
O trono exalta e o altar santifica.
O homem é o cérebro; a mulher, o coração. O cérebro produz a luz; o coração produz amor. A luz fecunda; o amor ressuscita.
O homem é o génio; a mulher é o anjo. O génio é imensurável; o anjo é indefenível;
A aspiração do homem é a suprema glória; a aspiração da mulher é a virtude extrema; A glória promove a grandeza e a virtude, a divindade.
O homem tem a supremacia; a mulher, a preferência. A supremacia significa a força; a preferência representa o direito.
O homem é forte pela razão; a mulher, invencível pelas lágrimas.
A razão convence e as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos; a mulher, de todos os martírios. O heroísmo enobrece e o martírio purifica.
O homem pensa e a mulher sonha. Pensar é ter uma larva no cérebro; sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é a águia que voa; a mulher, o rouxinol que canta. Voar é dominar o espaço e cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra; a mulher, onde começa o céu.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Pensando sobre a(s) "ajuda(s)" e os Cavalos de Tróia
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Ecologia de saberes: (Pai Arnápio - 1.000) versus (Pré-Sal - 0)
Se não temos políticos, médicos, seguridade social, segurança pública, honestidade e realizações, temos ao menos os artífices promotores de situações melhores.
Como diz o anúncio (imagem abaixo), se tu sofres? Pai Arnápio resolve, basta procurar com fé, o resto ele faz.
Ora, pois! Quem acredita nos políticos brasileiros, no sistema biomédico falido, na segurança pública ambivalente, no petróleo que não gera riqueza e nas Olimpíadas que serão um sucesso, pode bem acreditar no Pai Arnápio... por que, não?
Em época de ecologia de saberes e de falta de alternativas sólidas, onde tudo se desmancha no ar, não custa tentar.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Idéias cíclicas - idas e voltas!!! Haja disposição dos neurônios
De vez em quando me deparo com umas ideias tão circulares...
Se algum filósofo de plantão, com tempo sobrando, e com vontade para decifrar enunciados herméticos puder me ajudar com essa formulação do CAPRA, agradeceria.
Depois, tem uma missão para os gramáticos da Língua Portuguesa se descabelarem com essa coisa da repetição de palavras no mesmo período. Sei que essas regras gramaticais servem apenas para incompletos, como eu - eternos doutorandos, pois os já completos, usam e abusam disso que a regra diz ser um vício de linguagem. E por esses erros, são considerados "Filósofos". Afê!
Cito o fragmento do meu espanto:
"A NATUREZA é o corpo inorgânico do HOMEM - isto é, a NATUREZA, na medida em que ela própria não é o corpo humano. 'O HOMEM vive na NATUREZA' significa que a NATUREZA é o seu corpo, com o qual ele deve permanecer em contínuo intercurso se não quiser morrer. Que a vida física e espiritual do HOMEM está vinculada à NATUREZA significa, simplesmente, que a NATUREZA está vinculada a si mesma, pois o HOMEM é parte da NATUREZA"
(CAPRA, Fritjof. In: O Ponto de Mutação. São Paulo: Cultrix, 2006, p. 199).
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
terça-feira, 30 de junho de 2009
Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia de Avanca, Portugal.
Grandes nomes do audiovisual contemporâneo estarão em AVANCA para orientar espaços de trabalho, reflexão e compromisso com o cinema de qualidade.
Entretanto, cerca de dois mil filmes de 71 países chegaram a Avanca. Curtas e longas-metragens, documentários e vídeos para uma competição onde só se exibem filmes inéditos em Portugal.
O Júri de selecção tem agora a difícil missão de os seleccionar.
A grande festa do cinema tem data marcada para Julho e é em Avanca!
WORKSHOPS
1 – “O tratamento poético da realidade complexa – da escrita à realização”
Orientador – Peter Brosens (Bélgica) e Jessica Woodworth (EUA)
Coordenador – Eduardo Condorcet
2 – “História prática do cinema”
Orientador – João Antunes e Manuel Mozos (Portugal)
Participação especial – João Salaviza
Coordenador – Armando Caramelo
3 – “Cinematografia - Direcção de fotografia com a luz disponível”
Orientador – Rimvydas Leipus (Lituânia)
Coordenador – Francisco Vidinha
4 – “Desenvolvimento de projectos cinematográficos – From Zero to Hero”
Orientador – Daniel Fumero e Vanessa Bocanegra (Espanha)
Coordenador – César Valentim
5 – “Humor e documentário”
Orientadora – Floriane Devigne (Suíça, Bélgica)
Coordenador – Graça Lobo
6 – “À procura de universos na animação”
Orientador –Yann Jouette (França)
Coordenador – Nuno Fragata
7 – “O actor no trabalho”
Orientador – Maria d’Aires (Portugal)
Coordenador – Jackas
Informações em http://www.avanca.com/
(com ligação para o regulamento, custos e a ficha de inscrição)
Contactos:
AVANCA’09
Cine-Clube de Avanca
3860-078 Avanca
Tel/fax – 234.880658
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Falecimento de Maria Ioannis Baganha
Boaventura de Sousa Santos
sábado, 13 de junho de 2009
Rogo-te para ter inspiração! Ou, bebo para esquecer!
rogo-te para ter inspiração.
Sabes o que escrevo e o que digo;
tenho as palavras no coração.
terça-feira, 9 de junho de 2009
As garras do colonizador: FIFA quer lei de propriedade intelectual mais severa como condição para fazer Copa no Brasil
É sempre assim, em se tratando de interesses hegemônicos, dá-se algo de um lado, porém exige-se o dobro do outro. É um procedimento clássico quem nem se podia esperar diferente. Mas, a questão a ser analisada por nós, é justamente o interesse no ataque a já tão ameaçada Internet livre.
E depois dizem que essas instituições multilaterais não seguem cartilhas dos grandes interesses... balela! Aproveita-se o "oba-oba" do futebol, época em que tudo gira em torno da mesma temática de “paixão nacional” (outra balela machista e de marketing televisivo, pois a maioria da população brasileira é de mulheres, crianças e evangélicos que, salvo exceções, não ligam à mínima para o fubetol) e aprovam-se leis restritivas e dos interesses hegemônicos corporativos.
O Deputado Paulo Teixeira (PT) entrou com pedido de informações para tentarmos esclarecer se isso se soma aos ataques à Internet Livre. Vamos estar atentos e acompanhar!!!
Proposição: RIC-4001/2009 Clique para obter a íntegra
Autor: Paulo Teixeira - PT /SP
Data de Apresentação: 03/06/2009
Apreciação: .
Regime de tramitação: .
Ementa: Requer informações ao Senhor Ministro de Estado do Esporte, Excelentíssimo Senhor Orlando Silva de Jesus Silva, a cerca das informações publicadas no jornal O GLOBO, de 1º de junho, que menciona as exigências feitas pela FIFA para que o Brasil sedie a Copa do Mundo de 2014.
Obs.: o andamento da proposição fora desta Casa Legislativa não é tratado pelo sistema, devendo ser consultado nos órgãos respectivos.
Andamento:3/6/2009 PLENÁRIO (PLEN)
Apresentação do Requerimento de Informação pelo Deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
Clique para obter a íntegra
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Abstenção eleitoral e cidadania: problema ou sinal???
Em termos gerais, a cidadania define os que são membros de uma sociedade comum. Tão simples como isso? Não, ao contrário, tarefa muito complexa e cheia de meandros. Atualizada as visões clássicas de cidade e cidadania herdada dos gregos, desde os estudos de T. H. Marshall que se entende a cidadania como uma manifestação política. Mas, no meu ponto de vista, não só, visto que surgem da sua prática dois problemas, que se forem observados apenas pela sua dimensão política não é possível alcançar a sua total compreensão.
Para dar apenas um exemplo, o problema de quem pode exercer a cidadania e em que termos não é apenas uma questão do âmbito legal da cidadania e da sua natureza formal em termos dos direitos que ela assegura de acordo com cada tipo de sociedade. É, também, e eu diria, muito mais, uma questão de capacidades não-políticas dos cidadãos, derivadas dos recursos sociais que eles dominam e a que têm acesso.
Dito em palavras simples, não bastam os direitos formais, é preciso igualdade de participação, e não apenas no nível jurídico, de direitos assegurados. Não basta, embora seja um passo importantíssimo, assegurar o direito de voto, é preciso inserir os cidadãos no processo eleitoral. De uma forma alegórica, não basta dar o direito ao acesso ao lago e uma vara de pescar, é preciso ensinar a ser pescador.
Nas sociedades modernas, a participação na administração comum é feita através da governação dos Estados-nação, através da suas organizações de poder, mais ou menos idênticas nas realidades democráticas. Com algumas distinções, a maioria das democracias contemporâneas são quase todas elas representativas, e a participação na governação se faz essencialmente através do voto depositado na urna, como forma de confiança a um representante considerado legítimo para ser procurador dos seus direitos civis, falar em nome e legislar junto às instituições governamentais e de poder da sociedade.
Entretanto, a crise da representação, um fato que não é novo, se intensifica a cada nova temporada eleitoral. Uma prova dessa realidade está no crescente número de abstenções de votos nas eleições, em geral, um pouco por todo o lado do mundo ocidental moderno. Nos regimes parecidos com o brasileiro, onde o voto é obrigatório, nota-se seja na quantidade de votos nulos, propriamente, seja na dispersão de votos em candidatos cada vez mais variados, distanciados ou mesmo desprovido de qualquer referencial de orientação política consistente.
Isso é mais visível caso de regimes eleitorais não obrigatórios, como o de muitos países europeus, e do próprio sistema de representantes da Comunidade Européia, os euro-deputados. Nas últimas eleições realizadas, o Parlamento Europeu divulgou um número provisório que é, senão desolador, assustador. A elevada abstenção destas eleições, que registou um novo recorde, 56,61% (contra os 54,6% alcançados em 2004), mostra que mais da metade dos eleitores, dito de outra maneira, os cidadãos europeus, não quer participar da vida política de suas sociedades.
Esta, claro, é uma conclusão muito simplista, evidentemente. A questão fundamental a saber é se os cidadãos não querem mesmo “participar na vida política”, ou, o que acredito, não querem mais “participar desse sistema” de representação, que não representa?
Em qualquer uma das respostas que forem alcançadas, uma coisa é fundamental, e para voltar ao tema da instrodução deste texto, é preciso reeducar os cidadãos ao processo de cidadania. Não basta inserí-los no grupo, é preciso capacitá-los com habilidades e potencialidades para exercer o seu direito de cidadania. É preciso desenvolver e reativar o gosto pela cultura política, pelo debate, pela disputa, pelo entendimento do jogo, e das regras do jogo.
Como ninguém nasce sabendo falar, nem a andar de bicicleta, também não nascemos sabendo ser cidadãos e a votar. A igonorância ainda é a maior arma utilizada pelos colonizadores para oprimir os colonizados. A preguiça em instruir-se é outra arma poderosa. Mas, esta última, sempre solta o tiro pela culatra, e o alvo é sempre aquele que faz uso dela.
terça-feira, 2 de junho de 2009
Cegueira metafórica, realidade social concreta!
A lógica da cegueira humana se configura, nesta direção, na incompreensão coletiva de como se engendram todas as formas de exploração de homens, mulheres e crianças; o porquê de existir tanta desigualdade social e concentração de renda; e a naturalização da violência e suas dimensões físicas e simbólicas. É esta mesma cegueira que inviabiliza lutas sociais mais conscientes; que lança à margem aqueles que nunca terão acesso ao processo de escolarização e que, por esta mesma razão, correm o risco de serem inempregáveis e mais propensos à indigência.
Contraditoriamente, combatemos exaustivamente, nossos pares. Plantamos e semeamos a discórdia e nos vangloriamos de representarmos lideranças desagregadoras. Sabotamos projetos alheios e nos aliamos a determinadas concepções políticas que favorecem a acumulação do capital privado à custa da produção coletiva pública. Nossos interesses se definem tão-somente naquilo que é mais mediato e, portanto, totalmente descolado dos nexos históricos que medeiam nossas relações laborais e afetivas.
Uma sociedade sitiada pela cegueira metafórica é promotora de todos os desmandos nas realidades políticas, econômicas e cultural; não por acaso, o mundo está em crise pela arrogância dos “mercadores de almas”, que decidem quem poderá comer hoje e amanhã. Os danos são irreparáveis e inconseqüentes. E enquanto isso, os cegos marcham incólumes, embrutecidos, esperando quem sabe, uma redenção metafísica atemporal, anistórica, desprovida de toda e qualquer materialidade.
domingo, 31 de maio de 2009
Querem destruir o tempo! Tempo, tempo, tempo...
Oração ao Tempo
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Para não nos acusarem de termos juízo político dopado
É nesse intuito que valha a pena ler, e ler muito! Temos ótimos pensadores no Brasil, gente com espírito coletivista, humanista, libertário. Se tivermos (ainda) poucas habilidades para analisar os contextos complexos da política formal e interpretar os desenvolvimentos sempre mutantes dos polivalentes atores políticos que trocam de personagens a cada conveniência, podemos sempre recorrer à ajuda daqueles que fazem isso com mais propriedade e especialidade.
No caso da movimentação ciberativista que venho acompanhando neste blogue, o texto do eminente intelectual Emir Sader, publicado no site Carta Maior, dá-nos pistas de nomes que temos de ter em mente na hora de escolher o voto que vamos depositar nas urnas nas próximas eleições. Neste texto, Sader mostra-nos os esforços para destruir o patrimônio público brasileiro com a entrega da Petrobras. E, nas entrelinhas dos textos e contextos, relaciona os meandros da política e seus interesses nem sempre transparentes. Vejam, na seleção de Sader, os Senadores da República e suas preocupações. Mais que isso, vejam as motivações de suas preocupações. É uma lista de envergonhar... mas, serve para não sermos sempre julgados de “juízo dopado”, de termos memória curta.
Ressalto, em especial, o parágrafo que trata do enfadonho Azeredo. Como possui especial atenção para a gravidade daquilo que denominamos de AI5 Digital, ele escreve: “O senador Eduardo Azeredo, fundador do mensalão mineiro, poderia estar preparando já seu projeto de lei que quer censurar a internet.”
Leia o integral de Emir Sader em: http://www.pt.org.br/portalpt/index.php?option=com_content&task=view&id=76549&Itemid=201
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Eu sou um ciberativista, estou reescrevendo a história da democracia no Brasil!!!
Não podemos deixar esta constatação passar em branco, não se trata de um fato corriqueiro, mas sim de uma verdadeira revolução, uma revolução que não esta sendo televisionada, uma revolução que não tem mais volta, uma revolução plenamente democrática, o real exercício da cidadânia.
Contrariando todos os criticos, a Internet não nos transformou em alienados, muito pelo contrário nos libertamos das forças alienantes das mídias mono emitidas. Os “alienados” foram os primeiros a enxergar os malefícios do PL 84/99, os “alienados” foram os primeiros a divulgarem estes malificios. Chamar a sociedade conectada de alienada é ignorância ou cretinismo, sabe-se muito bem que a Internet com a sua riqueza e diversidade é um eco-sistema de pessoas, um eco-sistema social, onde a comunicação é apenas uma parte do contexto.
A informação das mídias de massa é extremamente volátil, é preciso um caro processo de repetição para que uma mensagem “média” para um “cidadão médio” ganhe dimensão. A midia de massa, em especial o radio e a televisão, possuem uma representativa capilaridade no Brasil, de forma que a mensagem volatil chega rapidamente à uma parcela significativa da população, e pronto! Vai ser bom não foi? O povo tem memória curta, não é verdade?
A Internet por outro lado possui características diferentes, sua capilaridade vem aumentando consideravelmente, mesmo com todo esforco despendido por autoridades e legisladores para inviabilizarem os centros involuntários de inclusão digital, as Lan Houses, ela continua crescendo. Computador e acesso estão ficando cada dia mais baratos. Por outro lado, na Internet a informação não é volátil, muito pelo contrário, ela é praticamente permanente, o que a transforma no habitat perfeito para o conhecimento. Estas características são os alicerces do sólido conhecimento colaborativo, construido por todos para todos, numa metáfora natural para o que chamamos de democracia: O poder emana do povo para o bem do povo.
Dentro deste cenário, construiu-se um ativismo diferente, um ativismo eficiente, o ativismo da cibercultura, da nossa cultura, o ciberativismo. Podemos citar diversos movimentos ciberativistas, mas vamos nos ater ao movimento contra o AI5 digital, que não se sabe exatamente quando ele iniciou, eu ao menos entrei nele em 2006, você pode estar entrando agora, isto não faz a menor diferença. O movimento ciberativista contra o AI5 digital é o mais espetacular de todos os movimentos democráticos, é o exercício pleno da democracia, não existe distinção de raça, orientação sexual, posicionamento político, ideologia, credo, e nem mesmo as limitações físicas impostas aos portadores de deficiência são barreiras para que exercamos nossa cidadânia, estamos todos juntos trabalhando para um bem comum!
Estamos pensando e agindo coletivamente, estamos nos “alfabetizando politicamente”, estamos reconhecendo nossos direitos, aprendendo a valorizar o próximo e, estamos aprendendo, como diz Dalai Lama que: uma enorme jornada começa com um pequeno passo. Podemos não perceber isto agora, mas nunca mais seremos os mesmos, estamos reconstruindo a história da democracia no Brasil, somos os agentes de mudança, dificilmente seremos enganados novamente, somos os revolucionários digitais, estamos fazendo a revolução mediada por computador, a revolução da era da participação. Alias por falar em participação, pouco importa o quanto ou como você participa, todos são igualmente importantes, seja aquele que divulga as informações, evangeliza novos ciberativistas, promove mobilizações, escreve a respeito, ou até mesmo aquele que participa dos atos, é um trabalho coletivo. Uma assinatura na petição, um post, uma twittada, uma mensagem no Orkut, tudo é importante, pois quando muitos fazem isto estamos disseminando a informação e estamos construindo uma atmosfera positiva para os parlamentares que estão do nosso lado defenderem nossos intereses na Câmara, para que o Ministro da Justiça se posicione de nosso lado, para que personalidades se posicionem de nosso lado.
É importante que você olhe no espelho, bata no peito e diga orgulhosamente: Eu sou um ciberativista, estou reescrevendo a história da democracia no Brasil!!!
sexta-feira, 22 de maio de 2009
One does not make friends. One recognizes them.
Nesse tempo, experimentei a última parte que me faltava na árdua tarefa de construção de ser um homem completo. E, tornei-me pai. Na ordem das coisas, já não suportava tantas ávores plantadas e um livro a empoeirar na estante, faltava-me o tal do filho. Não podia fazê-lo, ao menos nos moldes mais ortodóxos, então, resolvi adotar um gato. E fiz dele, meu filho. Como diz o adágio popular: "pai não é quem põe no mundo, mas quem cria". Neste caso, sou bom e bastante, PAI. E agora, sinto-me completo, tenho árvores plantadas, livro publicado, e um FILHO.
Ah! Também migrei, migrei e migrei novamente. Mas, isso são tantas linhas, e ainda ando meio preguiçoso para auto-etnografias (ou seria biografia???). Ficarão por escrever, ao menos, por ora.
Enfim, hoje, novamente nas terras de Cabral, na margem norte do Atlântico, no ponto zero da “civilização” eurocêntrica moderna, volto a tecer essas bem traçadas linhas (já não se pode dizer “mal traçadas”, pois o computador ajusta a linearidade e a retidão das linhas, assinalando em vermelho os erros grosseiros de ortografia, lol). De ir e vir, lá e cá, vou levando esta vida cigana que me aproxima e que me afasta das pessoas, pessoas que amo e que sinto falta. E já fazia falta, também, esses momentos regulares de descarrego, para mim, e para tantos leitores desconhecidos, e conhecidos, que nem eu próprio sabia que tinha tantos.
E, por falar nisso, quero agradecer a todos os leitores que me escreveram a assinalar seu descontentamento pela minha ausência neste ciberespaço real/virtual. Surpreendeu-me a quantidade de recados, mensagens e e-mail recebidos a me cobrar que voltasse à ativa. Pois bem, cá estou. E peço que digam a todos, da colônia e da metrópole, "Que fico!".
E para estes tantos e queridos amigos, dedico os versos da crônica de Paulo San’Ana, que transcrevo abaixo:
"Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências (…).
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
E, acrescentando a sabedoria de Garth Enrichs (ou seira Vinícius????): "A gente não faz amigos, reconhece-os"
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Petição pela demarcação dos territórios indígenas dos Tremembé e dos Tapeba
A demarcação dos territórios indígenas dos Tremembé e dos Tapeba é urgente
Os abaixo-assinados têm a declarar o seguinte:
1. Os Tremembé de Itarema, Acaraú e Itapipoca, bem como os Tapeba de Caucaia são indígenas no Estado do Ceará, há séculos vivem em suas respectivas terras de acordo com seus costumes e tradições recebidas-revitalizadas-transmitidas através das gerações. Seus rituais indígenas, seus conhecimentos tradicionais, suas experiências com as forças sagradas da natureza, suas formas de organização social cultural e política, suas memórias coletivas sobre a história dos seus antepassados, toda esta imensa riqueza humana floresce nos “galhos das novas gerações” que se apóiam “nos troncos velhos” dos seus ancestrais, enraizados nas suas terras e nutridos na relação com Elas! Apoiamos a luta solidária destes povos indígenas na defesa ao respeito dos seus direitos: a garantia da integridade física e cultural das crianças, mulheres e homens Tremembé e Tapeba.
2. A Constituição de 1988 reafirmou o direito originário das terras indígenas, cabendo à União a demarcação de tais territórios. Tal processo reconhece e protege, formalmente, a situação de direito à demarcação e à proteção da integridade física e cultural destas comunidades indígenas e de seus territórios. A Constituição de 1988 fixara cinco anos para finalização da Demarcação de Terras Indígenas; passado mais de cinco anos, o Supremo Tribunal Federal decidiu que este prazo, previsto no artigo 67 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, não é peremptório, mas prognóstico para sua realização em tempo razoável (MS nº 24566, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 28/05/04). Isto reforça a legítima urgência da Demarcação de Terras Indígenas para responder aos desafios postos pela Constituição de 1988: a afirmação dos indígenas como sujeitos de direitos, devendo ser protegidos e respeitados seus recursos naturais, culturas e tradições; o reconhecimento da diversidade étnico-racial cultural como valor fundante do país e a função sócio ambiental das terras indígenas, com distintas formas de manejo sustentável dos territórios pelas variadas comunidades culturais existentes no Brasil.
3. Repudiamos coletivamente a insistência do grupo empresarial internacional Nova Atlântida em negar a existência dos Indígenas Tremembé de São José e Buriti (Itapipoca-CE), bem como a presença deste empreendimento nesse Território Indígena apesar de uma liminar promovida pelo Ministério Público Federal no Ceará, aprovada por juiz federal e confirmada pelo Tribunal Regional Federal – TRF 5ª Região do Recife. Repudiamos também a ação da Prefeitura de Caucaia-CE de impetrar um madado de segurança pedindo a anulação do processo demarcatório dos Tapeba de Caucaia, apesar de no Decreto 1775/96 constar que em nenhuma das etapas do processo administrativo de Identificação e Delimitação da Terra Indígena coloca-se como critério a participação do ente Federativo Municipal na elaboração do relatório de Identificação da referida Terra Indígena. Lembramos que a Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) no artigo 1º parágrafo segundo diz que a auto – identificação como indígenas ou “tribais” deverá ser considerada como critério fundamental para definir os grupos aos quais se aplicam as disposições da presente declaração e também a recente Declaração da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre os Direitos dos Povos Indígenas adotada em 13 de setembro de 2007, no seu artigo 3 diz que os Povos Indígenas têm direito à livre determinação. E que, em virtude desse direito, determinam livremente sua condição política, bem como sua trajetória de desenvolvimento econômico, social e cultural.
4. Aceitar as ações deste empreendimento internacional Nova Atlântida contra os indígenas Tremembé da comunidade São José e Buriti e as ações da Prefeitura de Caucaia-CE contra os Tapeba de Caucaia é justificar a continuidade do processo de colonização e da apropriação/violência impostas a estes povos indígenas, processo perverso iniciado há 500 anos atrás. Aceitar um projeto turístico que ameaça a integridade física e cultural dos Tremembé é aceitar a continuação e uma nova modalidade de colonialismo capitalista que ameaça devastar importantes bens naturais e humanos do país. Demarcar as terras indígenas dos Tremembé e dos Tapeba é fazer justiça histórica, é evitar o acirramento dos já existentes conflitos fundiários, e o surgimento de novos conflitos, é substituir a insegurança dos grupos, que vêm sendo submetidos à violência da fome e da destruição dos seus recursos naturais e humanos, pela segurança alimentar, cultural e política destes povos indígenas. Demarcar estes Territórios é uma forma coerente de celebrar os vinte anos da Constituição de 1988 e os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, justamente quando, no plano internacional, foi finalmente aprovada após trinta anos de discussão, uma Declaração dos Povos Indígenas.
5. Reiteramos as reivindicações dos Tremembé pela saída imediata do empreendimento empresarial Nova Atlântida das terras de suas comunidades, e pela criação urgente do Grupo de Trabalho da FUNAI para iniciar o processo de demarcação da terra indígena Tremembé de São José e Buriti (Itapipoca-CE), bem como a luta dos Tapeba pela retomada urgente do processo demarcatório de suas terras. O momento, pois, é de apreensão e vigilância, mas também de confiança de que o compromisso, constante na Constituição de 1988, de prevalência dos direitos humanos, seja respeitado e afirmado concretamente.
ASSINAM ESTE DOCUMENTO:
- Boaventura de Sousa Santos, Sociólogo, Portugal
- Cecília MacDowell Santos, Socióloga, Brasil
- Edileusa Santiago do Nascimento, Psicóloga, Brasil
- Lino João de Oliveira Neves, Antropólogo, Brasil
- Nilton José dos Reis Rocha, Jornalista, Brasil
e todos os que acreditam e buscam um mundo melhor e possível, e em um Brasil que proteja sua biodiversidade e pluriculturalidade.
http://www.PetitionOnline.com/indios08/petition.html
_____________________
.............Versiòn en español .............English version.............
terça-feira, 15 de julho de 2008
Chamada para o Dia da Blogagem Política
Vou participar da iniciativa e convido meus amigos e leitores a fazerem o mesmo.
Leiam abaixo a chamada e a proposta:
Por quê uma blogagem politica?
Quem já passou dos trinta conheceu a truculência da censura no Brasil, desde 1964, na época do Golpe Militar, até o final dos anos 80 vivemos um regime de ditadura e censura. A censura não é racional, não respeita os direitos individuais e nem a privacidade.
A Internet tem se mostrado um grande meio democrático e propício a liberdade de expressão, mas parece que isto não tem agradado á todos:
O Minstério Público de tanto pressionar o Orkut conseguiu uma ferramenta de acesso, e quem sabe de censura, e isto pode explicar o desaparecimento de posts e comunidades;
No Senado, o projeto de Cibercrimes, liderado pelo Senador Azeredo, pretende implantar abusos e absurdos que criminalizam grande parte dos cidadãos conectados.
A CPI da pedofilia parece ter outra intenção, afinal se se trata de prender pedófilos, porque divulga na Imprensa que vai efetuar ações no Orkut?
O espetáculo midiatico esta formado, as TVs populares estão exibindo casos pontuais envolvendo a Internet, é Deputado da CPI da pedofilia chorando lágrimas de crocodilo, é modelo que teve suas fotos intimas divulgadas na Internet, é o Ministério Público proibindo jogos e mais projetos terriveis tramitando…
Perai! Isto esta parecendo um complô orquestrado ! Pode ser, não se pode afirmar, mas parece. E com diz Manoel Castells em seu livro a Galaxia da Internet, os motivos são os mais diversos e insensatos, mas tudo que importa é que o Estado coloque mais uma camada na Internet, a camada do controle, pois nações não suportam o fato de não terem controle sobre ela. As nações querem transformar nossas vidas online em uma casa de vidro, quando deveria ser o contrario, nos cidadãos é que deveriamos ver o Estado dentro de uma casa de vidro.
A proposta
Nossa proposta é que você poste no dia 19 de julho de 2008 um post politico, uma critica aos fatos citados acima, o alvo principal é o projeto de Cibercrimes, mas se desejar você pode falar de outra coisa. Não esqueça de nos avisar da postagem, seja por um ping ou comentário para que possamos incluir seu blog na lista dos blogs participantes. O dia 19 de julho foi escolhido por representar o dia em que o jornal O Estado de São Paulo publicou receitas e poemas de Luiz de Camões no lugar das matérias censuradas no ano de 1972.
Parece que é uma gota num oceano, mas resulta!
Muitas vezes pensamos que nossas ações de mobilização pela Internet, como a campanha que divulguei ontem, não levam a nada, pode parecer que é uma gota num oceano, mas resulta! Vejam:
Depois da onda de posts em blogs e em listas de e-mails, o Senado brasileiro teve a CARA DE PAU de ALTERAR o texto, para esconder o "mensal", como podem ver aqui:
http://www.senado.gov.br/sf/contratos/empresaContratada.asp?o=1&e=PARA%CDBA+INTERNET+GRAPHICS
http://www.senado.gov.br/sf/contratos/empresaContratada.asp?o=1&e=PARA%CDBA+INTERNET+GRAPHICS
Agora o que antes era R$ 48.000 mensal (R$ 576.000 por ano), esta como se fosse R$ 48.000 pelo contrato inteiro.
Ainda bem que, além dos links, coloquei o screenshot da página que estava disponível no momento e, podemos dizer, felizmente ainda temos, e podemos contar com os serviços de cache, como o do Google, vejam e comprovem:
http://209.85.215.104/search?q=cache:jQzY4VgBeRoJ:www.senado.gov.br/sf/contratos/empresaContratada.asp%3Foo=1&e=PARA%CDBA+GRAPHICS+020.559/07-0&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=1&gl=br
http://209.85.215.104/search?q=cache:jQzY4VgBeRoJ:www.senado.gov.br/sf/contratos/empresaContratada.asp%3Foo=1&e=PARA%CDBA+GRAPHICS+020.559/07-0&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=1&gl=br
CONFIRAM QUE ANTERIORMENTE, ABAIXO DO VALOR DE R$ 48.000,00 ESTAVA DECLARADO "MENSAL"
Infelizmente, se de facto a lei de vigilância na Internet for também aprovada pela Câmara dos Deputados, uma atitude de cidadania como esta será crime, pois o facto de ter removido do site (cache) uma informação sem a autorização do proprietário, pode ser considerada crime cibernético.
Vejam lá as limitações que estaremos sujeitos e por qual motivo luto contra esta lei restritiva.
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Campanha: Eu quero um banner do Senado Federal no meu blog!
Estou aderindo a campanha “Eu quero um banner do Senado Federal no meu blog”, criada pelo amigo Cardoso. Vejam se não é um absurdo!!!!
O Senado Federal do Brasil fechou um contrato com o site www.paraiba.com.br para veiculação de um banner de 120×60 pixels por um período de 1 ano. O valor pago pelo banner? A bagatela de R$ 48.000,00 reais por mês. Isso mesmo, um contrato de R$ 576.000,00 (ano)! Não acredita? Comprove nesta screenshot tirada no site do Senado:
Ainda não acredita? Então veja com seus próprios olhos no site do senado: CLICANDO AQUI.
Obs.: O site do Senado foi alterado após a publicação deste post,sugiro ler meus comentários no post seguinte: Parece uma gota no oceano, mas resulta!
Agora se você está preocupado com a diagramação do seu blog ou site, não se preocupe, confira na screenshot abaixo o TAMANHO do banner que vale 576 mil reais:
*Tamanho real
Agora vem a pergunta: quantas visitas o site Paraiba.com.br tem pra valer tanto assim o espaço?
Qual a mágica? Não sei, mas o Blog de Aluguel chamou bem a atenção para os domínios registrados pelo mesmo dono do paraiba.com.br. Existem 2 no mínimo interessantes:
domínio: correspondentejuridico.com.br
domínio: eduardomedeiros.com.br
domínio: efraimmorais.com.br
domínio: efraimorais.com.br
domínio: eradigital.com.br
domínio: falcoesdaserra.com.br
domínio: paraiba.com.br
domínio: ronaldocunhalima.com.br
domínio: william.com.br
Quem é Efraim Morais? Nada de mais, apenas um senador eleito pela… … Paraíba: http://www.efraimmorais.com.br/
ALGUÉM POR FAVOR AVISE O CQC???
Fonte: Blog de Aluguel
Aí vai o banner oficial para aqueles que quiserem aderir à campanha!
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Petição: EM DEFESA DA LIBERDADE E DO PROGRESSO DO CONHECIMENTO NA INTERNET BRASILEIRA
Link para assinar a petição: clique aqui
Para: Senado Brasileiro
EM DEFESA DA LIBERDADE E DO PROGRESSO DO CONHECIMENTO NA INTERNET BRASILEIRA
A Internet ampliou de forma inédita a comunicação humana, permitindo um avanço planetário na maneira de produzir, distribuir e consumir conhecimento, seja ele escrito, imagético ou sonoro. Construída colaborativamente, a rede é uma das maiores expressões da diversidade cultural e da criatividade social do século XX. Descentralizada, a Internet baseia-se na interatividade e na possibilidade de todos tornarem-se produtores e não apenas consumidores de informação, como impera ainda na era das mídias de massa. Na Internet, a liberdade de criação de conteúdos alimenta, e é alimentada, pela liberdade de criação de novos formatos midiáticos, de novos programas, de novas tecnologias, de novas redes sociais. A liberdade é a base da criação do conhecimento. E ela está na base do desenvolvimento e da sobrevivência da Internet.
A Internet é uma rede de redes, sempre em construção e coletiva. Ela é o palco de uma nova cultura humanista que coloca, pela primeira vez, a humanidade perante ela mesma ao oferecer oportunidades reais de comunicação entre os povos. E não falamos do futuro. Estamos falando do presente. Uma realidade com desigualdades regionais, mas planetária em seu crescimento.
O uso dos computadores e das redes são hoje incontornáveis, oferecendo oportunidades de trabalho, de educação e de lazer a milhares de brasileiros. Vejam o impacto das redes sociais, dos software livres, do e-mail, da Web, dos fóruns de discussão, dos telefones celulares cada vez mais integrados à Internet. O que vemos na rede é, efetivamente, troca, colaboração, sociabilidade, produção de informação, ebulição cultural. A Internet requalificou as práticas colaborativas, reunificou as artes e as ciências, superando uma divisão erguida no mundo mecânico da era industrial. A Internet representa, ainda que sempre em potência, a mais nova expressão da liberdade humana.
E nós brasileiros sabemos muito bem disso. A Internet oferece uma oportunidade ímpar a países periféricos e emergentes na nova sociedade da informação. Mesmo com todas as desigualdades sociais, nós, brasileiros, somo usuários criativos e expressivos na rede. Basta ver os números (IBOPE/NetRatikng): somos mais de 22 milhões de usuários, em crescimento a cada mês; somos os usuários que mais ficam on-line no mundo: mais de 22h em média por mês. E notem que as categorias que mais crescem são, justamente, "Educação e Carreira", ou seja, acesso à sites educacionais e profissionais. Devemos assim, estimular o uso e a democratização da Internet no Brasil. Necessitamos fazer crescer a rede, e não travá-la. Precisamos dar acesso a todos os brasileiros e estimulá-los a produzir conhecimento, cultura, e com isso poder melhorar suas condições de existência.
Um projeto de Lei do Senado brasileiro quer bloquear as práticas criativas e atacar a Internet, enrijecendo todas as convenções do direito autoral. O Substitutivo do Senador Eduardo Azeredo quer bloquear o uso de redes P2P, quer liquidar com o avanço das redes de conexão abertas (Wi-Fi) e quer exigir que todos os provedores de acesso à Internet se tornem delatores de seus usuários, colocando cada um como provável criminoso. É o reino da suspeita, do medo e da quebra da neutralidade da rede. Caso o projeto Substitutivo do Senador Azeredo seja aprovado, milhares de internautas serão transformados, de um dia para outro, em criminosos. Dezenas de atividades criativas serão consideradas criminosas pelo artigo 285-B do projeto em questão. Esse projeto é uma séria ameaça à diversidade da rede, às possibilidades recombinantes, além de instaurar o medo e a vigilância.
Se, como diz o projeto de lei, é crime "obter ou transferir dado ou informação disponível em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, sem autorização ou em desconformidade à autorização, do legítimo titular, quando exigida", não podemos mais fazer nada na rede. O simples ato de acessar um site já seria um crime por "cópia sem pedir autorização" na memória "viva" (RAM) temporária do computador. Deveríamos considerar todos os browsers ilegais por criarem caches de páginas sem pedir autorização, e sem mesmo avisar aos mais comum dos usuários que eles estão copiando. Citar um trecho de uma matéria de um jornal ou outra publicação on-line em um blog, também seria crime. O projeto, se aprovado, colocaria a prática do "blogging" na ilegalidade, bem como as máquinas de busca, já que elas copiam trechos de sites e blogs sem pedir autorização de ninguém!
Se formos aplicar uma lei como essa as universidades, teríamos que considerar a ciência como uma atividade criminosa já que ela progride ao "transferir dado ou informação disponível em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado", "sem pedir a autorização dos autores" (citamos, mas não pedimos autorização aos autores para citá-los). Se levarmos o projeto de lei a sério, devemos nos perguntar como poderíamos pensar, criar e difundir conhecimento sem sermos criminosos.
O conhecimento só se dá de forma coletiva e compartilhada. Todo conhecimento se produz coletivamente: estimulado pelos livros que lemos, pelas palestras que assistimos, pelas idéias que nos foram dadas por nossos professores e amigos... Como podemos criar algo que não tenha, de uma forma ou de outra, surgido ou sido transferido por algum "dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, sem autorização ou em desconformidade à autorização, do legítimo titular"?
Defendemos a liberdade, a inteligência e a troca livre e responsável. Não defendemos o plágio, a cópia indevida ou o roubo de obras. Defendemos a necessidade de garantir a liberdade de troca, o crescimento da criatividade e a expansão do conhecimento no Brasil. Experiências com Software Livres e Creative Commons já demonstraram que isso é possível. Devemos estimular a colaboração e enriquecimento cultural, não o plágio, o roubo e a cópia improdutiva e estagnante. E a Internet é um importante instrumento nesse sentido. Mas esse projeto coloca tudo no mesmo saco. Uso criativo, com respeito ao outro, passa, na Internet, a ser considerado crime. Projetos como esses prestam um desserviço à sociedade e à cultura brasileiras, travam o desenvolvimento humano e colocam o país definitivamente para debaixo do tapete da história da sociedade da informação no século XXI.
Por estas razões nós, abaixo assinados, pesquisadores e professores universitários apelamos aos congressistas brasileiros que rejeitem o projeto Substitutivo do Senador Eduardo Azeredo ao projeto de Lei da Câmara 89/2003, e Projetos de Lei do Senado n. 137/2000, e n. 76/2000, pois atenta contra a liberdade, a criatividade, a privacidade e a disseminação de conhecimento na Internet brasileira.
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Duas mil janelas para a cidadania e inclusão digital
Duas mil janelas para a cidadania e inclusão digital
02/Jul/2008 - 11:45
Enviado por Redacao SERPRO ao PSL-Brasil, publicado em http://www.softwarelivre.org/news/11681
O Programa Serpro de Inclusão Digital alcança a marca de 2.111 microcomputadores doados. As máquinas estão distribuídas nos 193 telecentros comunitários instalados pela Empresa no Brasil e no exterior.
No mês de junho, foram implantados dez telecentros. Três deles no estado de São Paulo, três na Bahia, dois em Tocantins, um no Ceará e um no estado do Rio de Janeiro. Somente em 2008, foram inauguradas 37 unidades e a expectativa é que, até o final do ano, mais 175 estejam em operação.
Janelas livres para o universo da informação Os telecentros são unidades equipadas, geralmente, com 11 microcomputadores, todos rodando software livre e com acesso gratuito à internet. Sua instalação é sempre realizada em parceria com a comunidade local, prefeituras e instituições da sociedade civil, o que vem garantindo sua sustentabilidade.
O combate à exclusão digital é o objetivo central de um Telecentro, que passa a ser ponto de referência da comunidade: um espaço onde as pessoas podem reciclar o conhecimento com cursos, navegar na rede mundial de computadores e, acima de tudo, produzir e difundir sua cultura.
Como deve proceder uma comunidade que deseja receber um telecentro? A instituição deve enviar ofício à unidade do Serpro mais próxima de sua localidade, solicitando a doação dos equipamentos para a formação do telecentro. O Serpro analisará o pedido e atenderá de acordo com a sua disponibilidade. Observa-se que a entidade deve ser reconhecida como de Utilidade Pública Federal ou uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.
Programa Serpro de Inclusão Digital - PSID Implantado em 2003, o PSID é uma das ações amparadas pela política de Responsabilidade Social e Cidadania da Empresa, e está em sintonia com o Programa Brasileiro de Inclusão Digital do Governo Federal, que busca promover inclusão digital e social das comunidades mais carentes.
Trata-se de um projeto de uso intensivo da tecnologia da informação para ampliar a cidadania e combater a pobreza, visando garantir a inserção do indivíduo na sociedade da informação e o fortalecimento do desenvolvimento local. A iniciativa já chegou com sucesso inclusive no exterior, com a implantação de dois desses centros comunitários em Cuba, três no Haiti, um em São Tomé e Príncipe, um em Angola e outro em Cabo Verde.
Comunicação Social do Serpro - Belo Horizonte, 2 de julho de 2008
Fonte: SERPRO
segunda-feira, 30 de junho de 2008
A harmonia desarmoniosa!
Que as NTICs são confusas, não resta dúvidas, mas... quem quer voltar a viver sem elas????
Que harmonia é esta que as NTICs desarmonizam???
O vídeo abaixo mete-nos a pensar.
Proibição do uso da Internet nas eleições 2008 no Brasil
Felizmente, a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados vai realizar em 1º de julho (2008) uma audiência pública sobre a resolução do TSE que proibe o uso da Internet nas eleições.
Foram convidados para a audiência pública o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Ari Pargendler; o diretor-presidente do IG, Caio Túlio Costa; o professor do Instituto de Ciência Política da UnB (Universidade de Brasília), David Fleischer; o presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos (Abcop), Carlos Manhanelli; e o advogado Fernando Neves, ex-ministro do TSE.
É inconcebível a atual resolução que veta o maior meio de comunicação de participar do processo democrático eleitoral. As justificativas são todas infundadas, típicas de uma pessoa que desconhece o uso da tecnologia, que nasceu e permaneceu no ínício do século passado. Infelizmente, a nossa Justiça além de conservadora, é retrógrada!
domingo, 29 de junho de 2008
Feira Medieval de Montemor-o-Velho, em Portugal
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Afronta à liberdade de expressão e acesso ao Ciberespaço
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quarta-feira, 25 de junho de 2008
Cooperação Sul/Sul: Brasil e Angola pelo Software Livre
Além da apresentação sobre a organização e o funcionamento dessa iniciativa, prevista para o primeiro dia do evento, também serão realizadas reuniões entre o governo brasileiro e o angolano para tratar de ações de compartilhamento e colaboração de soluções entre os dois países.
O Portal do Software Público é coordenado pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do Planejamento. Na avaliação do coordenador do portal, Corinto Meffe, a experiência de compartilhamento inaugurada pelo governo brasileiro tem chamado atenção de outros países. “Não se trata somente de disponibilização de soluções, mas de uma preocupação com o todo o ecossistema que envolve a produção de softwares, ou seja, com a demanda por soluções, por prestadores de serviço e pela cadeia de desenvolvimento”, destacou Meffe.
A experiência do Portal do Software Público Brasileiro também será apresentada neste ano em eventos na Argentina, Peru e Venezuela. A iniciativa conta com mais de 22 mil usuários, 15 soluções disponibilizadas e mais de 110 prestadores de serviços já cadastrados.
Outra iniciativa brasileira que estará em destaque no Fórum em Luanda é do Mercado Público Virtual (http://www.mercadopublico.gov.br/).
<http://www.mercadopublico.gov.br/> O espaço é coordenado pelo Programa das Nações Unidas (PNUD), em parceria com a SLTI, e foi organizado para facilitar o acesso aos prestadores de serviço para as soluções públicas e livres que se encontram no Portal do Software Público. A intenção é fortalecer o contato entre o usuário que demanda por determinada solução e a oferta de serviços.
Fonte: http://www.softwarepublico.gov.br/
sexta-feira, 13 de junho de 2008
terça-feira, 10 de junho de 2008
Para os incrédulos verem: exemplo de alfabetização com Software Livre
De facto, no movimento software livre a cultura é essa, a da partilha... segundo um dos princípios da cultura hacker, não se deve refazer o serviço bom que já está pronto, apenas aprimorá-lo, quando necessário. Por isso, permitam-me transcrever este artigo do Sérgio, que tenho prazer em redistribuí-lo como exemplo de atitudes positivas, frutos do uso de tecnologias livres.
Ultimamente o meu empenho tem sido neste sentido, de mostrar aos incrédulos que existe uma mais-valia no uso desse tipo de tecnologias, principalmente para a melhoria da educação nas escolas e universidades.
Leaim, então, com atenção o texto abaixo, confiram o link do projecto da professora Bianca Santana, e certifiquem-se se isso não é o que podemos chamar de "inovação criativa".
Veja o blog do projeto AQUI. [http://portuguesilha.wordpress.com/2008/06/06/verbete-dos-alunos-na-wikipedia/]
Veja aqui o post na wikipedia. [http://pt.wikipedia.org/wiki/Tenond%C3%A9_Por%C3%A3]